Os problemas climáticos enfrentados pelos produtores em muitas regiões do Paraná nesta safra de soja 2021/22, foram menos intensos em municípios da região norte, onde as lavouras receberam mais umidade e as colheitas vêm acontecendo dentro das médias dos últimos anos.
Em Congoinhas, a 96 quilômetros de Londrina, a família Dal Santos, tradicional produtora do grão, avança para o término dos trabalhos nos 400 alqueires (968 hectares) que cultiva entre áreas próprias e arrendadas. Na segunda-feira (4/4), eles receberam a visita do Rally Cocamar de Produtividade, em sua última viagem na temporada 2021/22.
Unidos - Três gerações da família trabalham juntas. O pai, Pedro, de 76 anos, conta com a dedicação dos filhos Rogério, Rivael, Isaías e Nisael, além dos netos João Pedro (filho do segundo) e Pedro Neto (do terceiro), cada qual na sua função.
Os Dal Santos projetam uma média de 150 sacas por alqueire (61,9/hectare). “Não chegamos a sentir falta de chuva. Em janeiro parecia que ia faltar, mas depois de alguns dias de muito sol, voltou a chover”, diz Nisael.
Considerando a realidade paranaense neste ano, marcada por acentuada quebra de produtividade, eles tiveram uma safra praticamente normal, embora em um dos anos anteriores tivessem conseguido uma média superior, ao redor de 170 sacas por alqueire (70,2/hectare).
Orientação da Cocamar - O plantio foi feito entre 25 de outubro e 5 de novembro e as lavouras também não sofreram com pragas e doenças, até porque, segundo Nisael, são feitas aplicações preventivas. A família investe na correção do solo e procura utilizar as variedades mais adequadas, recebendo orientação técnica da unidade da Cocamar na vizinha Nova Fátima, onde adquire seus insumos e entrega a produção.
Como eles adquiriram seus insumos com bastante antecedência, em campanhas realizadas pela cooperativa, ficaram abastecidos e com um custo médio de produção competitivo, segundo Nisael.
Desafios - Para seu irmão, Rivael, os desafios a que estão sujeitos os produtores são muitos e não se resumem à etapa de condução das lavouras. “A gente precisa ser eficiente em tudo o que faz e comercializar a safra é também uma tarefa desafiadora, que exige muito cuidado, atenção e acompanhamento do mercado”, afirma. Neste ciclo, uma parte da produção foi negociada entre R$ 160 a R$ 200 a saca, para travar parte dos custos.
Com seus bons resultados, os Dal Santos têm investido nos últimos anos na modernização do parque de maquinários, incorporando novas tecnologias à produção.
Durante o inverno eles produzem trigo, sendo uma parte das lavouras destinada ao cultivo da variedade branqueadora incentivada pela Cocamar. No ano passado, mesmo com geadas e estiagem, a família teve uma produtividade média de 70 sacas por alqueire (28,9/hectare).
Referência regional
O gerente da unidade da Cocamar em Nova Fátima, Claudinei Donizete Marcondes, comenta que a família Dal Santos é uma referência regional pela sua união, as boas práticas adotadas e os resultados que vem conseguindo.
A área atendida pela unidade compreende vários municípios. Além de Nova Fátima e Congoinhas, fazem parte Ibaiti, Ribeirão do Pinhal, Abatiá, Nova América da Colina, Cornélio Procópio, Santo Antônio do Paraíso.
A safra de soja 2021/22 deve apresentar, segundo o gerente, uma média final entre 125 e 140 sacas por alqueire (51,6 a 57.8/hectare). “As médias variam de um local para outro, mas o ano, em resumo, tem sido bastante positivo para a região”, comenta. Em alguns pontos, a médias podem diminuir um pouco, nesta reta final, com as chuvas atrasando a colheita.
Sobre o Rally
O Rally Cocamar de Produtividade, em sua sétima edição, conta com o patrocínio das seguintes empresas: Basf, Fairfax do Brasil – Seguros Corporativos, Fertilizantes Viridian, Zacarias Chevrolet e Sicredi União PR/SP (principais), Cocamar Máquinas, Lubrificantes Texaco, Estratégia Ambiental e Irrigação Cocamar (institucionais), com apoio da Aprosoja/PR, Cesb e Unicampo.